LÁZARO EVAIR DE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A primeira providência que o interessado em cursar ensino a distância tem de
tomar é perguntar, para si mesmo, as seguintes questões: sou disciplinado? Tenho
capacidade de me dedicar sozinho aos estudos, sem cobranças externas e sem a
supervisão de professores?
Dependendo das respostas, a escolha deverá priorizar a educação tradicional.
ªEnsino a distância não serve para todo mundo. É ideal para aquele estudante
maduro, motivado, disciplinado e que tem afinidade com as novas ferramentas
tecnológicasº, diz Fredric Litto, presidente da Abed (Associação Brasileira de
Educação a Distância). Além disso, o aluno precisa ter foco no que faz, gostar
de ler e saber trabalhar em grupo, ainda que a distância.
Feita essa autoanálise, é hora de escolher a escola. Para isso é preciso
investigar, de forma muito detalhada e rigorosa, a reputação da instituição de
ensino na qual ela pretende estudar. É fundamental que seja avalizada pelo MEC.
Vale buscar informações na internet, com quem estuda ou já fez algum curso a
distância (veja mais dicas abaixo).
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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MERCADO
Uma recomendação adicional é procurar conhecer um pouco mais sobre as
condições do mercado de trabalho da carreira escolhida, principalmente em
relação à aceitação ou não de um diploma obtido por meio de um curso a
distância.
Apesar de a desconfiança em relação aos profissionais formados nesse tipo de
ensino ser menor hoje, ainda existe certa resistência, mesmo que velada, por
parte de algumas empresas e setores.
Segundo Laércio Dona, diretor de ensino superior da Pearson Brasil,
especializada em conteúdo e ferramentas digitais para ensino a distância, a
desconfiança em relação a esse tipo de educação tem diminuído em função dos bons
resultados alcançados pelos alunos.
DESEMPENHO
No Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2010, por exemplo,
os graduados em EAD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais do que os alunos de
cursos presenciais.
"Acreditamos que isso se deve ao fato de eles serem mais dedicados, terem
mais foco e conseguirem ter disciplina o bastante para cumprir tarefas mesmo sem
a supervisão de uma chefia", diz Laércio Dona.
Quanto à parte pedagógica dos cursos, alguns gestores em educação entendem
que, para aquele aluno de graduação que vem da educação básica, sem muita
autonomia para gerenciar seu tempo, o ideal é optar por modelos em que o curso
contempla aulas ao vivo, tutoria local e a distância.
"Nesse modelo, ele tem um professor por disciplina, pode tirar dúvidas com o
tutor presencial e realizar atividades individuais ou em grupo no polo de apoio
presencial", afirma José Moran, diretor de Educação a Distância da Anhanguera
Educacional.
Fonte: Folha de São Paulo - Matéria Publicada em 29/07/2012
Olá Patrícia!
ResponderExcluirÓtimas dicas.
Essa pergunta inicial sobre "qual é o seu perfil como aluno?" é muito importante para quem pretende cursar um curso a distância.
A evasão nesses cursos é alta, em grande parte por conta do fato de que muitos acreditam que os cursos são fáceis e não cobram dos estudantes tanto quando os cursos presenciais. No final, descobrem exatamente o contrário: eles acabam se surpreendendo com a quantidade de atividades e materiais de estudo!
Adorei o blog.
Abraços, Débora
Débora,
ExcluirFico feliz que tenha gostado do blog. Realmente acredito ser esse um dos motivos da evasão, afinal o bom desempenho do aluno depende da sua responsabilidade em realizar as atividades e postagens que são solicitadas.
Assistir as aulas virtuais, ler os textos de apoio e participar de fóruns, são também maneiras de interação e integração com a Universidade. Muitos ainda pensam que um Curso EAD não tem "cobrança" e que tudo será muito mais fácil que o ensino presencial.
Um abraço,
Patrícia